Sei me descrever e dizer o que sou. Sei defender quem sou, justificar porque sou ou até quando serei. Sei quando deixei de ser e posso voltar a ser, a hora que quiser. Pois sou o que sou. Sou irritadiça e tenho tendência a irritar os demais, como parte de um jogo. Mas me sinto triste quando extrapolo meus próprios limites, também. Sou uma pétala de flor, querendo ser uma montanha; uma gota d’água com trejeitos de oceano. Mas a verdade é que sou frágil como um pedaço de vidro, que se parte ao primeiro grande esbarrão. Faço por onde pra que ninguém perceba, embora esteja visívelmente na cara, pra uns e outros. Não sou tímida, sou sincera e um tanto quanto medrosa. Muitas vrzes sou indefesa, embora saiba rugir como um leão tantas outras. Sou alguém na janela espiando os pássaros. Sou madrugada perdida com o controle remoto, olhando pro teto. Sou o sorriso de uma porta que não se abre. Mas sei defender quem sou, justificar o porquê de ser e planejar meus traços mais íntimos. Sou amada por muitos e huuuum, já amei. Já sei. Já senti. E tampouco pareço ainda existir. Como se o mundo se resumisse a isso e apenas isso: Ao que defino que sou e não em quem posso me tornar.

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